O Presidente russo está a ser responsabilizado pela morte de Alexandre Litvinenko. O antigo espião russo morreu há dez anos, depois de ter sido envenenado em Londres com material radioactivo.
A comissão britânica de inquérito concluiu que Vladimir Putin “provavelmente” aprovou o assassinato.
O juiz relator, Robert Owen, diz que as provas estabelecem claramente a responsabilidade do Estado russo neste homicídio. “A operação do Serviço de Segurança Federal [FSB, o novo nome do KGB] foi provavelmente aprovado pelo senhor Nikolai Patruchev, ex-chefe do FSB, e também pelo Presidente Putin”, disse o magistrado.
O antigo espião, de 43 anos, morreu envenenado com polónio-2010, no final de Novembro de 2006, três semanas após um encontro com dois antigos agentes russos, Andrei Lugovoi - actualmente deputado de um partido nacionalista - e Dmitri Kovtun, empresário.
Uma testemunha ouvida no inquérito descreveu como Kovtun lhe contou que iria “atrair” Litvinenko para uma conversa, na qual “acabaria com ele”.
O Kremlin desmente qualquer implicação no caso.
O porta-voz do Governo britânico já veio dizer que estas conclusões são muito sérias e perturbadoras. O primeiro-ministro, David Cameron, admite tomar medidas contra a Rússia.