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Os doentes com gripe devem recorrer aos centros de saúde e à Linha Saúde 24, para não sobrecarregar os hospitais, apelou esta sexta-feira o Presidente da República.
Marcelo Rebelo de Sousa visitou ao final da tarde o centro de saúde de Sete Rios, em Lisboa, um dos que vai estar aberto durante o fim-de-semana para fazer face ao pico do surto de gripe.
O Presidente pede serenidade aos portugueses e acredita que os serviços estão prontos para dar resposta.
“Aqueles que puderem vacinar-se, devem vacinar-se, sobretudo aqueles que estão nos grupos de maior risco. Quem se atrasou, esta é a altura de fazer a vacinação. Ainda por cima, está bom tempo, não chove nem faz vento. Em segundo lugar, ter atenção aos sintomas e depois não perder a cabeça na reacção. Eu digo isto à vontade, porque sou hipocondríaco. A gripe é, de facto, muito forte este ano. Agora, as pessoas devem reagir com serenidade. As estruturas estão cá para responder a essas necessidades”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa.
Gripe matou sete pessoas
Em declarações aos jornalistas, o ministro da Saúde confirmou a morte de sete pessoas devido ao vírus da gripe, desde o início do mês, "um número, infelizmente, dentro do normal para a época".
Adalberto Campos Fernandes também apelou aos portugueses que, em caso de gripe, se dirijam em primeiro lugar a um centro de saúde ou liguem para a Linha Saúde 24.
O governante elogiou os profissionais de saúde e disse que os portugueses têm que “confiar mais nos cuidados de saúde primários que temos, que são de grande qualidade” e “deixar os hospitais para aquelas situações que são verdadeiramente de indicação hospitalar”.
“Sobretudo num país que tem uma população muito envelhecida, muitas vezes pobre e abandonada. Os hospitais têm muitos doentes que ficam em situação social de abandono e é uma situação que temos que tentar resolver”, afirmou o ministro da Saúde.
Nesta visita ao centro de saúde de Sete Rios, o governante deixou uma certeza: "Os hospitais não estão em ruptura porque a capacidade instalada de camas de internamento, só na região de Lisboa e Vale do Tejo, aumentou 700 camas".
"Em todo o país, os hospitais, haverá um ou outro que tem dificuldades de internamento e que até estabeleceu acordos com o sector social e com outros hospitais para que esses doentes possam ser encaminhados e estar convenientemente internados", concluiu Adalberto Campos Fernandes.
[notícia actualizada às 23h53]