Augusto Baganha, ex-presidente do Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ), admite avançar para os tribunais contra o secretário de Estado da tutela, João Paulo Rebelo, que o afastou do cargo antes de concluir o mandato.
Em entrevista à Renascença, Augusto Baganha garante que vai até onde for preciso para defender a sua honra.
“Aquilo que se passa neste momento é que eu vou exercer o meu direito de defesa perante o caso. Isto não tem nada de pessoal é a defesa da minha honra e da minha dignidade profissional”.
Questionado se vai apresentar queixa contra o secretário de Estado do Desporto, o ex-presidente do IPDJ admite que sim.
“Pode passar. Nós exercemos o nosso direito, que foi recorrer do despacho do Sr. secretário de Estado com o que tem a ver com a dissolução do conselho diretivo do Instituto”, respondeu.
Nestas declarações à Renascença, Augusto Baganha diz não entender porque foi o seu trabalho interrompido - o mandato deveria terminar apenas em meados de 2019 -, se até foi nomeado com base num concurso público, mas tem suspeitas.
O antigo presidente do Instituto da Juventude acredita que o conselho diretivo foi dissolvido na sequência de alegadas pressões políticas e desportivas.
“A partir do momento em que, no ano passado, foi aplicada uma sanção ao Benfica, que tinha a ver com a interdição do estádio da Luz, eu notei uma mudança de atitude relativamente a este relacionamento com a tutela. De algum modo, alguma pressão política”, afirma.
Já falou de favorecimentos à máquina do PS? “Sim. Aquilo que parece é que as pessoas que foram, de certo modo, exoneradas, se assim se pode dizer, são pessoas que não pertencem”, concluí o antigo presidente do IPDJ.