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As lojas até 200 metros quadrados de área e com porta para a rua podem reabrir já na próxima segunda-feira, apurou a Renascença.
Cabeleireiros, livrarias e stands de automóveis também vão poder reabrir ao público.
A Renascença apurou que a decisão foi anunciada esta quarta-feira pelo Governo aos parceiros sociais, durante a reunião da Concertação Social.
Posteriormente, seguem-se as lojas até 400 metros quadrados, que podem reabrir no dia 18 de maio.
A partir de junho, reabrem os restantes estabelecimentos comerciais.
O primeiro-ministro, António Costa, vai anunciar amanhã, quinta-feira, as medidas de reabertura gradual da economia portuguesa.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já anunciou que o estado de emergência, que termina a 2 de maio, não será renovado, mas avisou que o surto não terminou e que as medidas de contenção, higiene e distanciamento social têm que continuar.
"O fim do estado de emergência não é o fim do surto, não é o fim da necessidade de controlo, não é o fim da necessidade dos portugueses prosseguirem num esforço muito cívico que é o perceberem que depende deles a evolução desse surto", declarou o Presidente da República.
As autoridades de saúde já começaram a reforçar o Sistema Nacional de Saúde (SNS) para uma possível segunda vaga da Covid-19 em Portugal, que poderá acontecer na sequência do fim das medidas de confinamento, que progressivamente serão levantadas após o fim do estado de emergência, a 2 de maio.
O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, garante que o país está preocupado com uma segunda vaga e as medidas concretas serão anunciadas, em breve, pela ministra da Saúde, Marta Temido.
Os primeiros casos de Covid-19 foram conhecidos no início de março. Desde então, Portugal regista 973 mortos (são mais 25 que na terça-feira) e 24.505 infetados (mais 183) pelo novo coronavírus, segundo o boletim diário da Direção-Geral de saúde (DGS). O incremento de casos confirmados de Covid-19 é de 0,7%, o que iguala o valor de segunda-feira, que, até ver, era o mais baixo desde o início da pandemia.
Portugal vai para mês e meio de estado de emergência e de medidas de exceção para tentar controlar a pandemia. Além do problema grave de saúde, a economia também enfrenta uma crise profunda.
Numa conferência online realizada esta quarta-feira, o vice-presidente da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP ), Carlos Moura, alertou para a grave crise instalada no setor e referiu que "o pior que pode acontecer é reabrir com as regras que o Governo vai determinar e depois voltar atrás”.
O Governo anunciou na terça-feira que cerca de 600 mil pessoas e 70 mil empresas vão receber apoios no âmbito da pandemia covid-19 até 5 de maio, num total de 216 milhões de euros.
Segundo a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, foram aprovados 61% dos primeiros pedidos de “lay-off” simplificado.
O inquérito do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Banco de Portugal, divulgado na terça-feira, mostra que, apesar de estarem a funcionar a meio gás, a maioria das empresas não parou (83%). Ainda assim, 39% reportam quebras superiores a 50% no volume de negócios.
[notícia atualizada às 17h30 - reabertura de lojas com porta para a rua]