O bastonário da Ordem dos Médicos disse, esta quarta-feira, que vai apresentar "propostas diferentes" para os problemas do Serviço Nacional de Saúde, esperando que o Governo seja sensível aos argumentos dos médicos.
À entrada para a reunião, que a esta hora mantém com o ministro Manuel Pizarro, Carlos Cortes indicou que “as principais expectativas que a Ordem dos Médicos tem é que muitos dos problemas que têm sido apresentados ao Ministério da Saúde e, sobretudo ao Governo, venham a ter aqui uma resposta aceitável numa resposta positiva”.
Questionado sobre se as propostas que leva para as negociações nunca foram apresentadas ao ministro da Saúde, Carlos Cortes disse que “são propostas diferentes”.
O bastonário da Ordem dos Médicos já estará reunido, a esta hora, com o ministro da Saúde. Um encontro para debater soluções após a recusa de vários clínicos em trabalhar além das 150 horas extraordinárias previstas.
Situação que coloca em risco de rutura vários serviços em quase três dezenas de hospitais.
Manuel Pizarro já admitiu que o sistema só funciona com um elevado número de horas extras e que “sempre foi assim”, mas o número de horas extras duplicou na última década e as horas suplementares no SNS registadas até agosto deste ano são superiores ao total dos anos de 2014 a 2018.
Segundo os dados disponíveis no Portal da Transparência do SNS, que incluem todas as entidades do Ministério da Saúde e todas as unidades hospitalares, foram realizadas 12,7 milhões de horas suplementares nos primeiros oito meses do ano.