O líder parlamentar comunista reafirmou esta terça-feira não existir aprovação ou chumbo, à partida, do Orçamento do Estado para 2019 (OE2019), mas descortinou "abertura" do executivo para a proposta do PCP de mais 10 euros nas pensões, em janeiro.
João Oliveira encabeçou a comitiva dos comunistas e comentava assim a reunião com o ministro das Finanças, Mário Centeno, além do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, no parlamento, para apresentação das linhas gerais da proposta do Governo de OE2019.
"A única coisa que é seguro e rigoroso dizer: não há orçamentos aprovados nem rejeitados, à partida. É em função da proposta de lei que o Governo apresentar na Assembleia da República que faremos a nossa apreciação e tomaremos uma posição. Como já aconteceu no passado, até à entrega há muita coisa que se podia dar como garantida e depois parece não estar garantida. Em função da proposta apresentada, poderemos tomar nessa altura uma posição relativamente ao nosso sentido de voto", disse.
Para o deputado do PCP, "enquanto ela [proposta] não existir, o que existe é o exame comum, a evolução que a discussão vai tendo, o sentido em que as coisas vão avançando, a consolidação desta ou daquela solução para este ou aquele problema, mas até que tudo esteja escrito na proposta de lei, verdadeiramente, não há proposta de OE sobre a qual" o partido se possa "posicionar".