Veja também:
- Todas as notícias sobre a pandemia de Covid-19
- Guias e explicadores: as suas dúvidas esclarecidas
- Boletins Covid-19: gráficos, balanços e outros números
- Os últimos números da pandemia em Portugal e no mundo
O Campeonato de Portugal terá um "play-off" para definir quem são as duas equipas promovidas à II Liga, caso seja possível terminar os campeonatos profissionais da I e II Ligas.
A possibilidade é anunciada pelo Sindicato de Jogadores, numa mensagem enviada aos jogadores, na sequência de uma reunião com a Federação Portuguesa de Futebol, esta quarta-feira, após o anúncio do cancelamento de todas as provas não profissionais.
"Se as competições profissionais se concluírem, está prevista uma prova para encontrar os clubes que sobem", pode ler-se na mensagem assinada por Joaquim Evangelista, a que a Renascença teve acesso.
O presidente do Sindicato explica que a "decisão não pode surpreender ninguém" e que o "presidente da Federação procurou adiá-la, até ao limite, na defesa dos atletas e da integridade das competições", no entanto, a situação financeira dos clubes só se iria "agravar quanto mais se adiasse a decisão".
Federação paga salário mínimo
A Federação Portuguesa de Futebol vai avançar com um fundo de apoio aos clubes de futebol e também de futsal masculino e feminino, de 4,7 milhões de euros. Segundo o Sindicato de Jogadores, o fundo irá cobrir o salário mínimo nacional a cada jogador, ou o salário total, caso este não ultrapasse o valor do salário mínimo português.
O fundo será válido para os próximos dois meses e os clubes são obrigados a ter a situação salarial de fevereiro em cumprimento.
"A FPF exige que todos os clubes tenham o mês de fevereiro em dia para dar o apoio financeiro. Quem não tiver não pode requerer estas medidas novas. A Federação paga dois salários mínimos. A FPF paga o equivalente ao salário mínimo nacional para os jogadores que ganham acima desse valor e o valor do salário real aos que ganham menos desse salário mínimo, em duas prestações", pode ler-se.
O pagamento da diferença para o salário real continua "da responsabilidade dos clubes". A Federação vai controlar o cumprimento do pagamento dos clubes, que só poderão "receber a prestação seguinte se provarem que pagaram aos jogadores a anterior".
Os clubes que não tenham a situação de fevereiro regularizada terão de recorrer ao "Fundo de Garantia Salarial", já criado anteriormente.