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Ao quinto dia de campanha, a líder do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, saiu às ruas de Lisboa para falar de habitação, uma das bandeiras do partido nesta campanha, e apontar culpas ao PS e PSD pelo “pacto” que levou à crise no setor.
É um dos problemas com assinatura da maioria socialista a quem Mariana Mortágua está determinada a ir buscar eleitorado.
A ideia de que o BE é o único partido com força para “curar as feridas” da maioria socialista não é um argumento novo. Mas, o tom da líder bloquista ficou mais afinado e diz ao que vem: apelar ao voto dos “enganados da maioria”.
É entre os descontentes e os arrependidos que votaram PS nas últimas legislativas que o Bloco está a apostar as fichas, quando a mais recente sondagem revela que, a pouco mais de uma semana da ida às urnas, são cada vez mais os indecisos.
Críticas diretas ao secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro, Pedro Nuno Santos, ainda não ouvimos da líder bloquista, ou não fosse ele um possível futuro parceiro para uma “Geringonça 2.0”.
Mariana Mortágua prefere insistir no “legado da maioria socialista” que é preciso reparar e que é o Bloco de Esquerda que tem as “soluções”.
O certo é que a campanha ainda não vai a meio e outras vozes bloquistas se farão ouvir nos próximos dias. Depois de Joana Mortágua, cabeça de lista por Setúbal e do historiador Fernando Rosas, aguardam-se as intervenções da ex-coordenadora do partido, Catarina Martins, a eurodeputada e cabeça de lista pelo Porto, Marisa Matias, e de Francisco Louçã, um dos fundadores do partido.