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A subida da taxa de transmissão da Covid-19, o indicador RT, não deve prejudicar o plano de desconfinamento anunciado pelo Governo, considera Miguel Guimarães, mas há duas exceções que o bastonário gostava de ver aplicadas.
Miguel Guimarães aconselha o Governo a “identificar bem os locais em que a infeção está mais alta e constituir pequenas bolhas para poder rapidamente isolar os casos positivos das pessoas que não têm infeção e nesses sítios adaptava o desconfinamento”, para criar “bolhas de proteção”.
Outra exceção à regra geral de desconfinamento deveria ser, na leitura do Bastonário dos Médicos, a manutenção do ensino à distância para os alunos do secundário com mais de 16 anos.
“Acho que relativamente ao ensino secundário, no caso da escola, o modelo de ensino podia, e devia ser visto. Isto é, nos jovens adultos, pessoas com 15, 16, 17 e 18 anos provavelmente nós beneficiávamos porque estes são os que têm infetado mais e propagam bastante mais a infeção, eles podem ter um ensino à distância sem prejuízo, porque as aulas basicamente são teóricas, praticamente não existem aulas práticas e, portanto, aqui no ensino secundário, nos jovens adultos, eu fazia uma modificação”.
Quanto ao resto, diz Miguel Guimarães, o Governo deveria avançar para a 3ª fase de desconfinamento gradual de acordo com a rota traçada.
"Eu julgo que naquilo que são os indicadores atuais, internamentos, cuidados intensivos, RT, número de infeções por dia, o Governo pode avançar com o desconfinamento gradual, na forma como estava preparado", conclui.