O Agrupamento de Escolas do Entroncamento instaurou um inquérito de averiguações às agressões a uma aluna de 11 anos, filmadas e divulgadas nas redes sociais, informou esta quarta-feira o Ministério da Educação.
De acordo com a Direção do Agrupamento de Escolas (AE) do Entroncamento, "está em curso um inquérito de averiguações instaurado, na passada segunda-feira, pela diretora do agrupamento e que se encontra em fase de conclusão para efeitos disciplinares", afirmou o Ministério da Educação à agência Lusa.
Em causa estão agressões a uma aluna de 11 anos, ocorridas na passada sexta-feira, na Escola EB 2,3 Dr. Ruy D"Andrade, no Entroncamento, distrito de Santarém, onde o episódio de violência foi filmado e posteriormente divulgado nas redes sociais.
Questionado pela Lusa, o Ministério da Educação esclareceu ainda que o agrupamento de escolas "acionou uma equipa de profissionais especializados que tem abordado esta temática com a comunidade educativa e acompanhado em permanência os discentes (alunos) envolvidos no presente caso".
Ainda segundo as informações prestadas pela direção do AE à tutela, "foi acionada a equipa técnica de psicologia para acompanhamento e apoio à aluna agredida e respetivos encarregados de educação".
O caso foi noticiado pelo JN, na terça-feira, citando na altura a mãe da aluna, que criticava "a inação da escola" e lamentava não ter recebido "qualquer apoio por parte dos responsáveis pelo estabelecimento de ensino".
Na notícia, a mãe da jovem agredida denunciava ainda que a filha era alegadamente vítima de "bullying" e que durante as férias do Natal teria recebido mensagens com ameaças.
Contactada pela Lusa, a direção da Escola EB 2,3 Dr. Ruy D"Andrade recusou comentar o caso, esclarecendo apenas que "o assunto está a ser tratado internamente".
Na resposta enviada por mail, o Ministério da Educação informou ainda que no quadro da sua autonomia, a escola "tem trabalhado o tema do "bullying", por forma a combater comportamentos desviantes e favorecer a tolerância, o respeito, bem como o bem-estar emocional da comunidade discente".
O comando Distrital da PSP de Santarém confirmou ter sido apresentada pela mãe da vítima uma queixa contra as alegadas agressoras.