A evacuação da cidade síria de Alepo tem nova hora marcada: 4h00 (hora de Lisboa, 6h00 na Síria).
A informação foi já confirmada aos jornalistas pelas duas partes, quer por fonte dos rebeldes quer por fonte militar pró Bashar Al-Assad.
O exército sírio diz que o número de pessoas que querem sair de Alepo é 15 mil, incluindo quatro mil rebeldes, embora os capacetes brancos da Síria estimem que estejam mais de 100 mil pessoas cercadas na parte da cidade que até terça-feira era controlada pelas forças opositoras do regime. A verificação destas informações é difícil, pois não se encontra actualmente nenhum observador independente no terreno, apesar dos numerosos apelos das Nações Unidas e outras entidades internacionais.
Um cessar-fogo foi negociado na terça-feira pela Rússia, o aliado mais poderoso do Presidente sírio Bashar al- Assad, com a Turquia para acabar com os combates em Alepo, mas a evacuação programada dos distritos rebeldes ficou bloqueada na quarta-feira quando ataques aéreos e bombardeamentos atingiram a cidade.
Entretanto, a comissão de inquérito da ONU sobre a Síria disse esta quarta-feira ter recebido informações de que os combatentes opositores estão a impedir a saída de civis de Alepo e que estão a usar estas pessoas como escudos humanos.
Num comunicado, a comissão internacional independente de inquérito indicou ter "informações de que grupos da oposição (...) impedem civis de saírem, bem como de combatentes da oposição infiltrados na população civil, o que aumenta o risco de civis serem mortos ou feridos".
Os relatos implicam especificamente o grupo Jabhat Fateh al-Sham, anteriormente designado como Frente Al-Nosra e que assumiu a nova denominação após a ruptura com a Al-Qaeda, e o poderoso grupo rebelde islamita Ahrar al-Sham.