A Comissão Nacional de Protecção Civil vai aprovar, esta terça-feira, a directiva operacional para o combate aos incêndios florestais. O documento decalca basicamente o que foi aplicado o ano passado, não só em termos de meios, como de estratégia.
No terreno, o Governo promete ter um novo grupo de sapadores florestais, um corpo de guardas florestais reforçado e, pela primeira vez, uma estratégia especifica para a vigilância, a cargo da GNR.
Quanto a números, o plano prevê meios semelhantes aos de 2019: no período mais crítico, estarão ao serviço perto de 12 mil operacionais, apoiados por mais de 2.600 meios terrestres e 60 meios aéreos.
No papel, o Ministério da Administração Interna acredita ter tudo pronto, mas a verdade é que o combate à pandemia de Covid-19 já fez atrasar a concretização de vários planos e trouxe um risco adicional ao fogo: a possibilidade do dispositivo ser condicionado ou enfraquecido pelo impacte do novo coronavírus.
Entre 1 de janeiro e 15 de outubro de 2019 registaram-se 10.841 incêndios florestais, que resultaram em 41.622 hectares de área ardida, entre povoamentos, matos e área agrícola. Um terço dos incêndios florestais registados em 2019, e investigados, tiveram como causa queimadas e queimas, segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.