O Papa Francisco visitou este sábado Edith Bruck, sobrevivente de Auschwitz, após ter lido a entrevista que a escritora húngara deu ao jornal do Vaticano "L’Osservatore Romano", onde conta “o horror” vivido do campo de concentração.
De acordo com o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, a conversa entre Francisco e Edith Bruck abordou a “experiência de inferno dos campos de concentração” e “evocou os medos e esperanças” para a atualidade.
O diálogo entre o Papa e a poetisa sublinhou “o valor da memória e o papel dos idosos” e a importância de ser transmitida aos mais jovens.
“Vim aqui para lhe agradecer pelo seu testemunho e para prestar homenagem ao povo mártir da loucura do populismo nazista. E com sinceridade lhe repito as palavras que proferi, do meu coração, no Yad Vashem, e que repito perante todas as pessoas que, como a senhora, sofreram tanto por causa disto: perdão Senhor, em nome da humanidade”, afirmou o Papa, de acordo com o portal de notícias Vatican News.
Com quase noventa anos, Edith Bruck vive em Roma e o Papa visitou-a na sua casa, acompanhado pelo diretor do jornal L’Osservatore Romano, Andrea Monda.
O portal de notícias do Vaticano refere que Edith Bruck dedicou a sua vida a testemunhar o que viveu nos campos de concentração nazi, cumprindo um pedido que lhe foi dirigido em Bergen-Belsen: “Relate tudo! Não acreditarão em si, mas se sobreviver, conte, também por nós”.
Após o encontro com Edith Bruck, que decorreu durante uma hora, o Papa regressou ao Vaticano.