Incêndios. 119 suspeitos detidos desde o início do ano
14-08-2022 - 15:29
 • Lusa

Outras "investigações estão em curso, para detetar as causas de outros incêndios, e poderão vir a culminar noutras detenções", afirma o ministro da Administração Interna.

O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, disse hoje que este ano foram detidos 119 suspeitos do crime de incêndio florestal, salientando o trabalho de fiscalização e inspeção.

"Tínhamos 119 detidos, quer pela Guarda Nacional Republicana, quer pela Polícia Judiciária", declarou José Luís Carneiro, na Batalha, após a sessão solene do Dia do Município, citando dados que se reportam a sexta-feira.

Segundo o governante, outras "investigações estão em curso, para detetar as causas de outros incêndios, e poderão vir a culminar noutras detenções".

O ministro garantiu que este ano o Governo reforçou muito "os mecanismos de fiscalização e de vigilância" e que "esse trabalho de fiscalização e de inspeção" foi intensificado "numa articulação da Guarda Nacional Republicana com a própria Força Aérea, com vigilância aérea articulada com os 230 postos de vigia fixos e, depois, também a própria videovigilância que está colocada para serviço à floresta".

"E todos esses meios se articularam para termos, este ano, uma taxa de detenção que está já muito mais acima do dobro daquilo que foi a taxa de detenção nos anos anteriores", adiantou, considerando que tal "mostra também a eficácia do sistema no combate aos incendiários".

O ministro também anunciou este domingo que o Governo vai ordenar uma investigação ao incêndio que lavra há mais de uma semana na Serra da Estrela e a outros grandes fogos.

O despacho está preparado e será assinado assim que o fogo, que deflagrou a 6 de agosto, estiver extinto, afirmou José Luís Carneiro, à margem de uma visita à Batalha.

O senhor secretário de Estado da Proteção Civil tem o despacho preparado para que, assim que esteja dado como extinto o incêndio na Serra da Estrela, podermos avançar com uma avaliação às causas e à metodologia de combate, não apenas no incêndio da Serra da Estrela, mas naqueles 10% dos incêndios que não são combatidos nos primeiros 90 minutos, que é a esmagadora maioria dos incêndios”, disse o governante.

Nestas declarações aos jornalistas, o ministro da Administração Interna negou falhas no sistema de comunicações SIRESP durante o incêndio na Serra da Estrela.