O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou este domingo que o Médio Oriente tem duas opções para sair da crise: a "oferecida pelo Hamas" ou a da "integração, normalização, colaboração e afirmação dos direitos dos palestinianos".
"Está claro que há dois caminhos na região. Um é o de uma maior integração, normalização, colaboração e afirmação dos direitos dos palestinianos", disse Blinken durante um encontro no Cairo com o Presidente egípcio, Abdelfatah al-Sisi.
Segundo o chefe da diplomacia norte-americana, "a outra opção é a que oferece o Hamas, um caminho que só oferece morte, destruição, terror e loucura", acrescentando que "a opção é muito clara" e que os EUA têm o objetivo de "trabalhar em conjunto e encaminhar todos para a primeira opção".
Blinken fez estas declarações após aterrar esta manhã no Cairo, onde se encontra no âmbito de uma ronda pelo Médio Oriente para reafirmar o "apoio inquebrantável" do seu país a Israel após os ataques do grupo islamita Hamas no passado dia 07 de outubro, que provocaram uma agressiva campanha de bombardeamentos israelitas sobre a Faixa de Gaza.
Nesse sentido, o chefe da diplomacia dos EUA reafirmou que o seu país está "decidido a opor-se ao Hamas e a tudo o que fez para garantir que nunca mais volta a acontecer", afirmações que reiterou em cada visita a outros países árabes.
Blinken não fez qualquer referência aos intensos bombardeamentos israelitas, ao bloqueio ou ao ultimato para evacuar o norte da Faixa de Gaza imposto por Israel, algo que evitou condenar ou mencionar ao longo da visita em defesa do Estado de Israel.
Ainda assim, garantiu que os EUA estão "decididos a apoiar os civis inocentes que sofreram, principalmente devido à ação do Hamas".
O diplomata disse ainda que a sua visita ao Egito tem o objetivo de abordar como prevenir que o conflito alastre e para "pensar juntos numa forma de avançar" em direção a uma solução.
Blinken aterrou no Egito depois de uma intensa ronda de contactos que o levaram a Telavive, Jordânia, Catar, Bahrein e Arábia Saudita.
A visita do secretário de Estado dos EUA acontece num momento em que a ajuda humanitária aguarda a passagem para Gaza através de Rafah, a única fronteira do enclave palestiniano que não é controlada por Israel e que faz a ligação com a península do Sinai egípcio.
O grupo islamita Hamas, considerado terrorista pelo União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos, iniciou a 07 deste mês um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza, que controla desde 2007, e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.