A greve dos trabalhadores da empresa Águas e Resíduos da Madeira (ARM), que se iniciou esta quinta-feira e termina na sexta-feira, tem tido uma “forte adesão”, indicou o sindicato, adiantando que alguns serviços estão paralisados.
"Na maioria dos postos de trabalho, estão a ser cumpridos apenas os serviços mínimos. Portanto, está a ser bastante positiva a adesão em massa dos trabalhadores”, afirmou Dário Ferreira, dirigente do Sindicato das Indústrias Transformadores, Energia e Atividades do Ambiente (SITE), em declarações aos jornalistas.
Segundo o dirigente, tem havido uma “forte adesão” à greve, que implicou inclusivamente “a paralisação de alguns serviços”. O sindicato não quis, porém, adiantar quantos trabalhadores, de um universo de cerca de 700, estão em greve.
Perto de meia dezena de funcionários manifestou-se hoje em frente à residência oficial do presidente do Governo Regional da Madeira, no Funchal, onde entregaram as suas reivindicações.
No documento entregue ao executivo presidido por Miguel Albuquerque (PSD), os trabalhadores exigem um aumento salarial de, pelo menos, 90 euros, bem como o aumento do subsídio de refeição e "o fim da discriminação no valor".
Reivindicam, igualmente, 35 horas de trabalho semanais, "acabando com a discriminação" entre trabalhadores.
"E aquilo que se espera é uma negociação séria, que venha ao encontro destas reivindicações dos trabalhadores, com vontade realmente de as solucionar e de não, como até aqui tem sido feito, arranjar desculpas para ir empurrando com a barriga aquilo que seja uma resposta satisfatória para os trabalhadores", salientou Dário Ferreira.
O dirigente acrescentou que os trabalhadores estão disponíveis para voltar a recorrer à greve este ano caso necessário.
A ARM - Águas e Resíduos da Madeira é uma empresa pública responsável pela gestão das águas e dos resíduos em alta em toda a Região Autónoma da Madeira e em baixa em cinco concelhos - Câmara de Lobos, Machico, Porto Santo, Ribeira Brava e Santana - num total de onze que compõem o arquipélago.
A agência Lusa tentou, sem sucesso, falar com a ARM sobre a adesão a esta greve.