Pelo segundo ano consecutivo, as médias das notas dos exames nacionais voltaram a baixar.
Depois da subida registada em 2015, com o melhor colégio do ranking, o Nossa Senhora do Rosário, no Porto, a conseguir ultrapassar a barreira dos 15 valores de média, os dados divulgados este sábado pelo Ministério da Educação mostram que, em 2017, apenas 17 instituições de ensino conseguiram ter média igual ou superior a 13. Em 2016 foram 22.
Apesar do recuo das médias, o Colégio Nossa Senhora do Rosário mantém o título de melhor instituição de ensino, pelo quarto ano consecutivo. A média baixou em seis décimas, para 14,92 valores, numa escala de 0 a 20. Em segundo lugar neste ranking do ensino secundário está o Colégio D. Diogo de Sousa, em Braga (14,24), que subiu uma posição e que também é a segunda melhor instituição do ensino básico.
O pódio fica completo com uma estreia, o Colégio Manuel Bernardes, em Lisboa, que pela primeira vez tem uma média de exames superior a 14 valores (14,14). Este colégio trepou do 13.º lugar.
Mais uma vez, há grandes mexidas nas posições cimeiras do ranking. Apenas cinco instituições repetem um lugar no "top" 10, que só tem privadas.
Nas primeiras 30 escolas, só há uma pública, à semelhança do que aconteceu em 2016. Aparece em 29.º lugar da tabela (em 2016 a primeira pública aparecia em 30.º lugar) e é uma estreia. Trata-se da Escola Secundária Garcia de Orta, no Porto, que em 2016 foi 11.ª melhor pública. Nesta escola, em 2017 realizaram-se 665 exames e foi conseguida uma média de 12,42. A Garcia de Orta sobe 23 lugares na tabela geral.
A segunda melhor escola pública é a Secundária Infanta D. Maria, em Coimbra, que deixou assim de ser a melhor pública, um título conquistado em 2016 e 2013. Nos últimos cinco anos, esta escola foi alternando entre o primeiro e o segundo lugares da tabela. Já no ranking geral está em 35.º lugar, descendo cinco lugares face a 2016.
No terceiro lugar deste ranking do secundário só com escolas públicas está a Clara de Resende, no Porto. Aparece em 37.º lugar do ranking geral, com 12,08 valores de média (em 2016 ocupava o 45.º lugar, com uma média de 11,96, e era a sexta melhor pública).
Para a elaboração deste ranking, a Renascença considerou apenas as 521 escolas onde se realizaram mais de 100 exames no conjunto dos oito mais concorridos (Matemática A, Matemática aplicada às Ciências Sociais, Português, Biologia e Geologia, Física e Química, História, Filosofia e Geografia), tendo por base dados divulgados pelo Ministério da Educação, tratados pela Universidade Católica Portuguesa para o jornal "Público".