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O Reino Unido registou 136 mortes de Covid-19 nas últimas 24 horas e 18.950 novas infeções, anunciou esta segunda-feira o Ministério da Saúde britânico, numa altura em que a Inglaterra se prepara para entrar em confinamento.
No domingo tinham sido registadas 162 mortes e 23.254 novos casos, mas os números do fim de semana são frequentemente mais baixos devido ao atraso no processamento dos dados.
Nos últimos sete dias, o número de mortes aumentou 46% e o número de infeções subiu 4% relativamente aos sete dias anteriores.
O total acumulado desde o início da pandemia de Covid-19 no Reino Unido é agora de 1.053.864 contágios confirmados e de a 46.853 óbitos registados num período de 28 dias após as vítimas terem recebido um teste positivo.
O primeiro-ministro, Boris Johnson, apresentou esta segunda-feira aos deputados uma proposta de confinamento durante quatro semanas em Inglaterra, de quinta-feira até 02 de dezembro.
"Modelos produzidos pelos nossos cientistas sugerem que, a menos que atuemos agora, poderemos registar no inverno duas vezes mais mortes do que na primeira vaga. Perante estes números mais recentes, não há alternativa senão tomar mais medidas a nível nacional", avisou.
De acordo com a proposta de confinamento do governo, a maioria do comércio vai ficar fechada, com bares e restaurantes restritos a serviços de venda para fora, mas escolas e universidades vão permanecer abertas.
As pessoas serão obrigadas a ficar em casa, exceto para trabalhar, exercício e compras essenciais.
O primeiro-ministro enfrenta a oposição de alguns membros de seu próprio partido, que dizem que o confinamento vai contribuir para o desemprego e problemas de saúde mental, além de violar os direitos humanos.
Alguns deputados influentes disseram que iriam votar contra, como Graham Brady, presidente da comissão parlamentar 1922, que já tinha forçado o governo a submeter novas medidas a votação no parlamento.
"Vou votar contra porque estamos a tender cada vez mais para um país autoritário e opressor. O único mecanismo jurídico que me resta é votar contra esta legislação, porque se os meus eleitores protestarem, serão presos", lamentou o deputado Charles Walker.
Devido ao sistema de governos descentralizados, o confinamento aplica-se apenas em Inglaterra, mas os governos autónomos da Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales também impuseram restrições rígidas.
País de Gales e Irlanda do Norte estão em confinamento até 9 e 13 de novembro, respetivamente, enquanto que a Escócia está a avaliar essa hipótese, apesar de ter introduzido hoje um sistema de cinco níveis de restrições.