Quinze obras de arte falsificadas dos pintores Cruzeiro Seixas e Malangatana foram apreendidas no âmbito da “Operação Ilusão”, anunciou esta quinta-feira a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).
Duas pessoas foram constituídas arguidas e ficaram a aguardar o desenrolar do processo com a medida de coação de Termo de Identidade e Residência, refere a ASAE, em comunicado.
Os 15 quadros foram apreendidos “em galerias de arte e leiloeiras de Lisboa e Porto, bem como em plataformas eletrónicas de intermediação de compra-e-venda”.
Em resultado da investigação, iniciada cerca de 11 meses, foram instaurados nove inquéritos-crime.
Em causa estão alegados crimes de usurpação de direitos de autor, aproveitamento de obra contrafeita, burla e falsificação de documentos.
Onze obras de arte falsas são imitações de pinturas de Cruzeiro Seixas e quatro reproduções do pintor Malangatana.
“Estas obras, cujas perícias as determinaram como falsificadas, eram vendidas nos circuitos como genuínas, tentando imitar as identidades estéticas e técnicas dos artistas e reproduzindo as respetivas assinaturas”, adianta a ASAE.
Nenhuma das obras transacionada ou colocada em leilão estava acompanhada de certificado de autenticidade, “à exceção de apenas uma obra que, ainda que contivesse um certificado assinado pelo artista, tal certificado não correspondia ao quadro apreendido”, explica o comunicado.
O valor total das obras apreendidas “ascende a vários milhares de euros, atendendo aos respetivos valores de venda e de licitação”.
Esta é a segunda grande apreensão a ser anunciada no espaço de poucos dias semanas. A 20 de agosto, a Polícia Judiciária revelou ter detido três pessoas suspeitas de falsificarem obras do artista plástico moçambicano Malangatana.