Contestação do PSD sobre votos da emigração “é ridícula” e demonstra “travo a mau perder”
21-10-2019 - 10:43

Comentadores analisam a contestação relativa aos votos, que pode atrasar a tomada de posse do novo Governo socialista, e a crise no Sporting.

Henrique Raposo e Jacinto Lucas Pires são críticos da posição do PSD, que pede que os votos considerados nulos porque não vieram com cópia do cartão do cidadão contem como abstenção.

“Com o devido respeito, a abstenção que interessa é de quem votou aqui. Acho que é uma exigência ridícula que se agarra à letra da lei para retardar a tomada de posse do Governo. Acho que não faz sentido”, defende Henrique Raposo.

Já Jacinto Lucas Pires afirma que “há um travo a mau perder no pedido, mas também acho que é uma oportunidade para esclarecemos como deve ser feito”.

“Por um lado, parece-me óbvio que a não serem considerados, estes votos têm de ser considerados nulos e não como abstenção. Agora, também não me faz sentido a necessidade de uma cópia do cartão de cidadão [para a validação do voto]”, acrescenta.

A crise no Sporting esteve também em debate, depois de novos episódios de violência por parte da Juve Leo terem motivado o presidente do clube, Frederico Varandas, a pôr fim aos protocolos com as claques.

“Acho que [Frederico Varandas] tem de ser aplaudido. Estamos a falar de clarificação e isto ajuda a clarificar a relação entre clubes e claques. O futebol amplifica tensões que existem no mundo e na sociedade de uma forma às vezes excessiva”, defende Jacinto Lucas Pires.

Raposo vai mais longe e aproveita para deixar uma forte critica ao Benfica. “Acho que é de aplaudir a posição Varandas, que entra em contraste direto com a cobardia do meu clube, o Benfica, que diz que não tem claques. É uma posição ridícula e que me envergonha como benfiquista”.