Montenegro diz que é "alternativa ao Governo" e rejeita Chega no Governo
14-04-2023 - 23:00
 • Renascença

O presidente do PSD rejeita que o Presidente da República seja "um polo de oposição ao PSD" e que não pode ganhar eleições "com a ajuda do Presidente".

Luís Montenegro garante que é alternativa ao Governo e rejeita um possível acordo de Governo com o Chega. Numa entrevista à CNN Portugal, o líder do PSD refere que as "sondagens mostram que a alternativa existe" e que o PS "perdeu, efetivamente, confiança dos portugueses".

Luís Montenegro admite, contudo, que o PSD não tem crescido nas sondagens à mesma velocidade que o PS tem caído e que "partidos de protesto" têm crescido, mas acredita que, "se o Governo cair, o PSD naturalmente subirá nas sondagens".

O presidente do PSD rejeita que o Presidente da República seja "um polo de oposição ao PSD" e que não pode ganhar eleições "com a ajuda do Presidente".

"Vou ganhar as eleições com a confiança dos portugueses", aponta.

Luís Montenegro não se compromete a abandonar a liderança partidária se não ganhar nas eleições europeias, mas admite que se não ganhar as legislativas, sairá do cargo.

E acredita mesmo "que será reeleito presidente do PSD em 2024".

Sobre a sua estratégia eleitoral para as legislativas, o líder do PSD reiterou que o objetivo é lutar pela maioria absoluta e desafiou o PS a dizer o que fará "se algum dos dois maiores partidos não tiver maioria absoluta", explicando se está disponível a viabilizar um executivo minoritário do PSD ou se quer tentar um reedição da "geringonça", cenário que Montenegro voltou a afastar para os sociais-democratas caso não vença.

"Depois, vou dizer quais são as linhas orientadoras de hipotéticos acordos que possam ter na base uma sustentação parlamentar de uma governação", afirmou, remetendo essa clarificação para o período pré-eleitoral.

O presidente do PSD rejeita, pela pela vez, um possível acordo de Governo com o Chega, indicando que o seu executivo não terá “políticos racistas ou populistas”.

“Quero garantir uma coisa aos portugueses. Não vamos ter no Governo nem políticos, nem políticas racistas, nem xenófobos, nem oportunistas, nem populistas. Ou apoio político. E, sobretudo, eu não quero no meu Governo imaturidade e irresponsabilidade”, afirma o líder dos sociais-democratas.

[notícia atualizada]