Há reclusos em Portugal que também vão estar envolvidos na organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Foi assinado esta sexta-feira o protocolo entre a Fundação JMJ e a Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), que põe o plano em marcha.
A informação já tinha sido noticiada pelo jornal 7 Margens, e foi hoje materializada na sede da JMJ, no Beato em Lisboa.
Em declarações aos jornalistas, o presidente da Fundação JMJ Lisboa e bispo auxiliar de Lisboa reagiu também ao episódio do padre Anastácio que se tentou entregar à justiça, por ter cometido crimes de abusos sexuais de menores. D. Américo Aguiar admitiu que há reclusos que podem vir a ser convidados para a JMJ.
"Gostávamos", assume o bispo auxiliar de Lisboa, em relação aos reclusos envolvidos nesta iniciativa, mas acrescenta que essa vontade se estende também aos jovens que estão presos.
O objetivo é construir em madeira reciclada - e que pode ser "novamente reciclada"- 150 confessionários que vão ficar no Parque Perdão, na zona de Belém. E quem os vai fabricar são 150 reclusos, 50 de cada uma de três prisões diferentes: Porto, Paços de Ferreira e Coimbra.
D. Américo Aguiar revelou que a Igreja vai pagar cerca de 80 euros por cada confessionário, sendo que este é o valor sem o preço do material. Neste preço está incluído o valor que vai ser pago aos próprios reclusos que vão estar envolvidos na sua construção. Fazendo as contas, a iniciativa vai custar pelo menos 12 mil euros à Fundação JMJ.
As infraestruturas, que pode ver na imagem acima, são de montagem simples. "São confessionários tipo IKEA", descreve D. Américo Aguiar. "São muito fáceis de montar", concretiza o presidente da Fundação JMJ.