Lisboa estima acolher 500 refugiados. Plano concluído até Novembro
23-09-2015 - 00:33
 • Liliana Monteiro

Plano de acolhimento apresentado na assembleia municipal. As prioridades já estão definidas: acesso a habitação, saúde, educação, aprendizagem do Português, alimentação, roupa e qualificações profissionais.

A Câmara de Lisboa prevê acolher cerca de 500 refugiados e espera concluir, até meados de Novembro, um plano de recepção destas pessoas que vêm para Portugal.

A autarquia acredita que Lisboa vai ser o primeiro ponto de paragem para muitos dos refugiados, que serão depois também distribuídas por outros pontos do país.

O grupo de trabalho constituído para definir o acolhimento de refugiados na capital apresentou, esta terça-feira, na assembleia municipal, uma proposta de plano.

“De contactos com os vários parceiros, uma estimativa de 500 refugiados em Lisboa será um número que temos neste momento capacidade organizativa para dar resposta, mas que também poderá ser ampliado, se for necessário”, disse à Renascença o vereador dos Direitos Sociais, João Afonso.

O plano, ainda embrionário, vai desenvolver-se em três fases e já tem as áreas prioritárias definidas: Acesso a habitação, saúde, educação, aprendizagem do Português, alimentação, roupa e qualificações profissionais.

Se numa primeira fase estas pessoas vão ser acolhidas em espaços temporários, o segundo passo será dar-lhes uma casa. Para isso, a autarquia já pediu às freguesias que procurem casas disponíveis para arrendar, explica a presidente da assembleia municipal de Lisboa, Helena Roseta.

As habitações servirão de lugar de abrigo aos refugiados durante pelo menos dois anos. Serão pagas com recurso a verbas das freguesias ou de privados ou empresas que se ofereçam para ajudar.

Do plano faz ainda parte a criação de uma bolsa de padrinhos e madrinhas, adianta Helena Roseta.

A presidente da assembleia municipal garante que não falta quem queira ajudar e que têm chegado muitas ofertas. Diz também que, nesta altura, acima de tudo, o importante é garantir uma boa coordenação e desenho de um plano eficaz para receber bem os refugiados.