O Chelsea pediu à federação inglesa que o jogo em casa do Middlesbrough, para a Taça de Inglaterra, seja à porta fechada, depois de ter sido confirmada a decisão de não poder vender bilhetes para a partida.
"É importante que o jogo se realize, mas vamos pedir à direção da federação que o jogo seja à porta fechada por motivos de integridade desportiva. O Chelsea reconhece o enorme impacto no Middlesbrough e nos seus adeptos, mas acreditamos que é a decisão mais justa", pode ler-se no comunicado.
O clube londrino continua a ser afetado pelas sanções impostas a empresários russos devido à invasão da Ucrânia. Na última quinta-feira, o governo britânico anunciou novas sanções contra vários empresários russos, incluindo Roman Abramovich, proprietário do Chelsea desde 2003 e cujos bens estão congelados.
O Chelsea está impedido de vender bilhetes para jogos, negociar jogadores e o processo da sua venda foi suspenso por causa das sanções impostas a Roman Abramovich.
Abramovich tinha anunciado no início do mês que iria vender o clube campeão da Europa e do mundo de futebol, "devido à atual situação", em que a Rússia invadiu a Ucrânia, prometendo reverter os lucros para as vítimas do conflito.
Petr Cech, diretor técnico do Chelsea, e Thomas Tuchel, treinador da equipa de futebol, já manifestaram incerteza sobre a sustentabilidade do clube a curto-prazo.
Roman Abramovich, de 55 anos, tem participações na metalúrgica Evraz, na Norilsk Nickel e é dono do Chelsea FC desde 2003. O visto de investidor no Reino Unido do russo expirou em 2018, ano em que obteve a nacionalidade israelita.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
O Middlesbrough-Chelsea está marcado para o dia 19 de março, próximo sábado, para os quartos de final da Taça de Inglaterra.