Vladimir Putin afirmou, nesta terça-feira, que a Ucrânia como “armada até os dentes”, com uma atitude “anti-Rússia” e “inaceitável”.
Numa conferência de imprensa em Moscovo, o Presidente russo disse-se “seriamente preocupado” com a ameaça da Ucrânia, nomeadamente no desenvolvimento de armas nucleares.
Acusa o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de não querer desistir do arsenal nuclear em 1994, naquilo que Putin vê como declarações "destinadas à Rússia", acrescentando que a única coisa que falta a Kiev são os sistemas para enriquecer urânio.
Questionado se irá enviar tropas para as repúblicas controladas pelos separatistas, Putin não dá uma resposta direta, mas diz que dará assistência militar aos rebeldes das regiões de Donetsk e Luhansk.
Se houver um conflito, é claro que cumpriremos as obrigações que assumimos. “Estamos a contar com a resolução de todas essas diferenças, que serão resolvidas entre as regiões de Kiev, Luhansk e Donetsk. Mas, no momento, entendemos que isso é provavelmente impossível na situação atual. Mas esperamos que isso aconteça no futuro”, afirmou, ao mesmo tempo que acrescentava que os acordos de Minsk “já não existem”.
A “melhor decisão que a Ucrânia poderia tomar seria renunciar às suas ambições de se tornar membro da NATO”, refere ainda o Presidente russo.