Depois do pacto de justiça, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, quer uma convergência entre os parceiros de justiça.
O chefe de Estado falava esta segunda-feira à tarde na cerimónia de abertura do ano judicial, que decorreu no Palácio da Ajuda, em Lisboa
Em altura de debate sobre combate a corrupção, Marcelo Rebelo de Sousa quer que seja criada uma plataforma mínima entre os agentes da justiça.
“Agora, que passados os lances eleitorais, vemos responsáveis políticos, a começar nos governativos, terminarem 2019 e começarem 2020 com o aceno de renovada atenção a combate à corrupção, em boa hora, é talvez tempo de recuperar o diálogo e a convergência entre parceiros da Justiça, retomando caminhos que todos consideramos essenciais, não dando como definitivo o que ainda vai ser trabalhado em grupo, querendo chegar a resultados palpáveis, não a meras promessas sazonais”, declarou o Presidente.
Por outro lado, Marcelo Rebelo de Sousa diz não compreender as críticas ao novo estatuto dos magistrados.
“Não consegui compreender o racional de tais perplexidades. Não é possível ao mesmo tempo criticar o anterior estatuto dos magistrados, por depreciar o seu papel social, e atacar o novo e aliás contido reajustamento por significar menorização de outos titulares de órgãos de soberania de base eletiva. Sabendo-se como se sabe que é indesejável o reajustamento nestes, em particular em tempos como vivemos, largamente incertos e de impossibilidade de elevação de estatuto generalizado de titulares de cargos ditos políticos”, afirmou o Presidente da República.