A Rússia deu início à segunda convocatória para o serviço militar obrigatório do ano, que, pela primeira vez, inclui cidadãos de quatro regiões anexadas da Ucrânia. A convocatória prolongar-se-á até 31 de dezembro.
As regiões em causa são Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, anexadas à Rússia em setembro de 2022. Moscovo já tinha anexado a península da Crimeira em 2014.
Este conjunto de anexações "dá" à Rússia 15% do território ucraniano, mas Moscovo não controla estas regiões na totalidade a nível militar e político. A anexação é considerada uma violação do direito internacional.
O país quer recrutar 130 mil cidadãos entre os 18 e os 27 anos, o que daria para lotar sete pavilhões como o Altice Arena, em Lisboa, ou 16 como o Pavilhão Rosa Mota, no Porto.
A multa para quem não comparecer ao recenseamento militar passa a ser de 30 mil rublos (cerca de 300 euros).
A partir de 1 de janeiro de 2024, a idade máxima para frequentar o serviço militar obrigatório, de acordo com a lei, passará a ser 30 anos – iniciativa avançada pelo ministro da defesa russo, Sergei Shoigu, depois de centenas de milhares de homens com idade militar saírem do país, após a mobilização decretada por Vladmir Putin em setembro do ano passado.
As autoridades russas afirmaram que os recrutas não serão enviados para as zonas de ação militar na Ucrânia ou para as unidades que ocupam estas “novas regiões”.