O PCP e o Bloco de Esquerda querem a fixação dos preços dos bens essenciais, para fazer face à inflação e ao constante aumento de preços.
Já o Chega quer a isenção do
IVA dos bens alimentares essenciais.
O líder parlamentar dos bloquistas, Pedro Filipe Soares diz que não se opõe à medida, mas quer ir mais longe, porque "a única forma de defender as pessoas é acabar com os abusos que os super ricos estão a impôr".
"O que está a acontecer em Espanha demonstra que é que baixar o IVA sem controlar os preços só serve para dar mais lucro a estes super ricos", argumenta.
O PCP vai pelo mesmo caminho. O deputado João Dias diz que os aumentos dos custos dos bens essenciais não podem continuar.
Para o comunista, estes aumentos "não se refletem nos pequenos produtores e nos agricultores que viram os seus rendimentos reduzir em 12%".
"Os aumentos ficaram para a especulação", lamenta, ainda.
As famílias portuguesas assistiram em 2022 a um aumento acentuado do preço dos bens essenciais, principalmente dos alimentos e da energia, que fizeram disparar os preços gerais para níveis que não eram registados há mais de 30 anos.
Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) na quarta-feira, a variação do índice dos preços no consumidor foi de 7,8%, em 2022. Este valor, que em 2021 foi de 1,3%, não era tão alto desde 1992. Entre as categorias analisadas, as maiores subidas de preços deram-se nos alimentos e na energia.