Com novo máximo diário de mortes por Covid-19, Turquia aperta restrições
20-11-2020 - 18:49
 • Lusa

Morreram 141 pessaos nas últimas 24 horas no país. O recorde anterior tinha sido registado a 19 de abril, com 127 óbitos.

Veja também:


A Turquia anunciou esta sexta-feira que registou 141 mortes ligadas à Covid-19 nas últimas 24 horas, um recorde no país, pouco antes da entrada em vigor e mais restrições destinadas a conter a propagação do coronavírus.

Os óbitos agora anunciados pelo Ministério da Saúde elevaram o número total de vítimas mortais da epidemia no país para 12.084, em mais de 435 mil casos oficialmente contabilizados. O recorde anterior de mortes foi registado a 19 de abril, com 127.

Os últimos números foram anunciados pouco antes da entrada em vigor, na noite de hoje, de uma série de medidas destinadas a desacelerar a progressão da epidemia.

Restaurantes e cafés só poderão oferecer vendas em registo ‘take-away’ e os turcos não poderão sair nos fins de semana entre as 20:00 e as 10:00.

Além disso, centros comerciais, supermercados e cabeleireiros terão de encerrar todas as atividades a partir das 20:00 de sexta-feira e os cinemas vão ficar fechados até ao final do ano. O ensino também será feito à distância, até ao final de dezembro.

Ao anunciar as restrições na terça-feira, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, alertou que, se a epidemia continuar a piorar, o Governo “será forçado a considerar medidas ainda mais dolorosas”.

Organizações de médicos afirmam que o número real de casos e mortes na Turquia é muito maior do que o relatado pelo Ministério da Saúde.

O presidente da Câmara de Istambul, Ekrem Imamoglu, opositor de Erdogan, pediu na semana passada que confinasse a capital económica do país, particularmente afetada.

Segundo ele, o número de pessoas que morrem todos os dias em Istambul é maior do que o anunciado diariamente pelo Governo em todo o país.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.360.914 mortos resultantes de mais de 56,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.