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A empresa estatal russa Gazprom parou o fornecimento de gás à Polónia e à Bulgária esta quarta-feira. A Gazprom justifica a decisão com o facto de os dois países não cumprirem a exigência do pagamento do gás em rublos.
A empresa timha anunciado na terça-feira a suspensão do abastecimento à Polónia, estando agora também consumado o corte à Bulgária.
O ministro búlgaro da Energia, citado pela Reuters, dá conta de que a empresa russa propôs um novo esquema de pagamentos que não cumpre o atual contrato.
O Governo da Bulgária, cujo Presidente tem prevista uma deslocação a Kiev para uma reunião com o seu homólogo ucraniano, garantiu que não há motivo para a população ficar preocupada.
“Esse cenário foi discutido em fevereiro e estamos prontos para reagir, há acordos para entregas alternativas, está tudo assegurado", disse um porta-voz governamental à emissora NOVA, citado pela Efe.
No final de março, o Presidente russo, Vladimir Putin, tinha ameaçado que os clientes estrangeiros da Gazprom, “hostis à Federação Russa”, teriam que pagar o gás importado em rublos, mas a maioria dos países da União Europeia, incluindo a Polónia e a Alemanha, não aceitou essa exigência.
A Gazprom fornece metade do gás consumido na Polónia e 90% do consumido na Bulgária. Apesar disso, os governos dos dois países, que são membros da NATO e da União Europeia, declararam que o abastecimento não será comprometido.
“Não haverá escassez de gás nos lares polacos”, disse no Twitter a ministra do clima, Anna Moskwa.
“Desde o primeiro dia da guerra, declaramos que estamos preparados para a plena independência das matérias-primas russas”, acrescentou.
Para fazer frente à situação, o governo búlgaro declarou, por sua vez, que já encetou “ações para encontrar acordos alternativos para o fornecimento de gás natural”.