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O secretário-geral do PS considerou hoje que o espírito de Pedro Passos Coelho "vai estar sempre presente em toda a campanha", depois de o ex-primeiro-ministro social-democrata ter entrado na campanha da Aliança Democrática (AD).
"Não é o espírito da AD de 1979 que vai pairar na campanha. É mesmo o espírito de Pedro Passos Coelho que vai estar sempre presente em toda a campanha", afirmou Pedro Nuno Santos no discurso proferido num jantar comício no Pavilhão Multiusos Portas do Mar, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos Açores.
O líder do PS lembrou que Passos "disse em abril de 2011 que era um disparate dizer-se que iria cortar o 13.º mês. Não cortou só o 13.º mês, cortou o 13.º mês e cortou o 14.º mês".
E prosseguiu: "Conhecia o memorando quando prometeu que não iria ser necessário cortar mais salários nem despedir gente. Mas foi exatamente isso que ele fez. Disse que era falso que quisesse subir o IVA para a restauração, mas também subiu".
E as críticas ao PSD prosseguiram: "E nas pensões, caras e caros camaradas, não só foram além da "troika" como tentaram com que os cortes fossem permanentes. Tentaram mesmo cortar pensões acima dos 600 euros. Só não conseguiram cortar porque o Tribunal Constitucional os impediu. Tentaram com que os cortes nas pensões fossem permanentes. Só não foram permanentes porque o Tribunal Constitucional os impediu. Não vale a pena esconderem-se no memorando".
Segundo Pedro Nuno Santos, que falava num comício que reuniu, nas estimativas do partido, 450 apoiantes e simpatizantes do PS nos Açores, "o memorando é só uma desculpa", e, naquela época, "cortaram pensões com convicção e tentaram que os cortes fossem permanentes".
"E quando o Tribunal Constitucional chumbou, Luís Montenegro criticou o Tribunal Constitucional. Montenegro estava lá. Montenegro estava lá quando cada uma destas mentiras foi dita ao povo português. Vira o disco e toca o mesmo. Agora é a vez de Luís Montenegro vir fazer como Pedro Passos Coelho e prometer não cortar de maneira nenhuma um cêntimo que seja na pensão e na reforma de quem quer que seja".
Na sua opinião, "o problema de Luís Montenegro é o mesmo de Pedro Passos Coelho. Não tem credibilidade".