Cerca de meio milhar de pessoas concentrou-se, este sábado, junto da embaixada de Israel, em Lisboa, para condenar a guerra na Faixa de Gaza, que se iniciou há seis meses.
Os manifestantes, que vão caminhar até à Assembleia da República, empunham cartazes escritos à mão com a pergunta "Que tipo de Deus iria querer Israel" e faixas referindo "Parar a Guerra, dar uma oportunidade à paz" ou "Não à Guerra, Não ao massacre".
Mesmo na frente do protesto está a mãe Andreia e o filho Artur, de 9 anos, aluno do terceiro ano e que justifica a presença à agência Lusa, dizendo "estamos aqui para acabar com a guerra na Palestina que começou por causa de Israel".
Uma explicação completada pela mãe, que defende a importância de envolver os mais novos na causa que visa "mostrar que o povo português está contra o genocidio e a morte de crianças".
A marcha iniciou-se pouco depois das 15h30 com gritos de ordem como "paz sim, guerra não" , e "Libertar a Palestina, acabar com a chacina", por meio de bandeiras palestinianas e de várias outras dos cerca 15 organizadores da marcha.
São também visíveis os tradicionais keffiyeh, lenços que são símbolo da luta palestiniana, tal como cravos nas lapelas.
O Ministério da Saúde do Hamas anunciou hoje um novo balanço de 33.137 mortos na Faixa de Gaza desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano em 07 de outubro.
Nas últimas 24 horas foram registadas mais 46 mortes, segundo um comunicado do ministério, que informou também que 75.815 pessoas ficaram feridas em quase seis meses de guerra.
O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Desde então, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou mais de 33.000 mortos, segundo o Hamas, que governa o pequeno enclave palestiniano desde 2007.
A retaliação israelita está a provocar uma grave crise humanitária em Gaza, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que já está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.