O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, apelou este sábado, na mensagem de Natal, à "resiliência" dos açorianos, "um povo de fibra e sobreviventes natos", alertando que "o futuro próximo será difícil", devido à crise económica.
"O futuro próximo será difícil ainda. Importa ter consciência disso. Mas importa também ter a coragem, sentido humanitário e humildade para contribuir para mudar esta tendência e trabalhar para uns Açores melhores. [...] Também em 2023 se impõe um apelo à nossa resiliência, ao nosso trabalho e capacidade de superação. A todos desejo que 2023 seja um ano de felicidade, convicto de que cada um de nós fará a sua parte e isso fará toda a diferença", observou o social-democrata, numa mensagem disponibilizada pelo executivo PSD/CDS-PP/PPM.
José Manuel Bolieiro lembrou que se vive "a maior crise sanitária dos últimos 100 anos, o maior conflito bélico dos últimos 70 anos na Europa e a maior crise inflacionária dos últimos 20 anos", pelo que afiguram "desafios difíceis".
"Importa que todos tenhamos consciência e realismo quanto a estes factos mundiais e europeus nas nossas vidas", disse.
O chefe do executivo sublinhou que "os preços sobem e os rendimentos diminuem, com a crise económica", e notou que "a resiliência é, associada à solidariedade, fundamental para a sobrevivência".
"Os açorianos são povo de fibra e sobreviventes natos. Acredito que vamos ultrapassar as dificuldades", afirmou.
O Governo Regional, explicou, não pode "resolver tudo, num só instante e por decreto".
"Mas também é verdade que só juntos poderemos dar, com sucesso, no ano que se aproxima, passos firmes para construir soluções no sentido de minorar as consequências destas dificuldades com que se têm deparado as famílias açorianas e a economia também", sustentou.
Reconhecendo "as dificuldades, principalmente das famílias mais vulneráveis, agora com o aumento da inflação e das taxas de juro", Bolieiro referiu que, "ao longo dos últimos tempos, e também para o próximo ano, estão adotadas medidas com o objetivo de aliviar os encargos sociais e fiscais das famílias".
O objetivo é garantir maior proteção social a quem está em especial fragilidade, procurando dar apoio às crianças, aos jovens, aos idosos, às famílias, às pessoas com necessidades especiais, à invalidez e à reabilitação, à pobreza e à exclusão social.
Apesar de reconhecer que "estes e outros apoios não resolvem, na sua totalidade, os problemas e as dificuldades sentidas", o executivo acredita que "são um contributo de grande importância para as açorianas e açorianos num contexto complexo e exigente".
Bolieiro deixou um "compromisso para com todos", de "servir as pessoas com responsabilidade e solidariedade, particularmente nos tempos mais difíceis", considerando que esta é a forma de honrar a função do Estado, do político e da democracia.
No seu entender, "a paz é necessária e urgente, como garante de felicidade, liberdade e prosperidade dos povos", com respeito pela igualdade de direitos entre todos.
"Todos os dias temos sido tomados por imagens que nos angustiam, que demonstram a grande destruição e desolação que a guerra impõe aqui tão perto de nós. O nosso coração também está com essas vítimas dos senhores da guerra. E devemos ser solidários com aqueles que precisam do nosso apoio e honrar aqueles que, em missão, buscam a paz na Europa e no mundo", indicou.