A obra pictórica do artista português Jorge Martins vai poder ser apreciada na exposição “Topomorphias”, a partir deste sábado, dia 22 de outubro, no Centro de Arte e Cultura (CAC) da Fundação Eugénio de Almeida (FEA).
“As obras reunidas nesta mostra foram escolhidas pelo artista seguindo um desejo prévio: o de conceber uma exposição a partir da sua produção mais recente em pintura”, escreve Sérgio Mah.
O autor do catálogo indica que “algumas obras remontam ao início dos anos de 2010”, embora a grande maioria tenha sido “produzida após 2018, incluindo inúmeras obras realizadas durante o período do surto pandémico”.
Para Sérgio Mah, “é revelador que, num tempo de angústia, isolamento social e desencanto anímico, o artista não tenha esmorecido a sua verve criativa”.
“Pelo contrário”, escreve o autor, “o volume e a qualidade das obras patenteiam um fulgor inventivo que, contornando os constrangimentos do mundo exterior, compõem um imaginário pleno de luminosidade e vitalidade estética.”
Jorge Martins é detentor de uma carreira internacional, bastante premiada, o que demonstra o “reconhecimento crítico que faz dele uma referência incontornável”, refere uma nota da FEA, enviada à Renascença.
Desde 1961 e até aos dias de hoje, o artista mantém a atividade artística, sendo frequentes as suas exposições, nomeadamente de desenho, campo em que nos últimos anos tem trabalhado de forma intensiva.
“Pintura e desenho dialogam em múltiplos planos, mas seguem caminhos perfeitamente autónomos e distintos. A sua pintura explora frequentemente as grandes dimensões, numa intensa aproximação à cor e a uma plasticidade exuberante”, é acrescentado.
“Topomorphias” inaugura a 22 de outubro no CAC, em Évora, onde fica patente até 26 de março de 2023, com entrada livre.