O Estado "não falhou" e detém uma "posição determinante" na gestão do Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), defende o secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves.
"O Estado não falhou na resolução que assumiu no conselho de ministros de 21 de outubro. Decidiu o Governo que iria assumir uma posição relevante na estrutura acionista da SIRESP e cumpriu. Com esta solução o Estado garante o presidente do conselho de administração da empresa e garante dois administradores executivos em três", salientou o governante no Centro de Meios Aéreos de Vila Real, onde assistia à chegada da missão portuguesa de apoio ao combate aos incêndios na Suécia.
José Artur Neves foi questionado pelos jornalistas sobre as críticas e os pedidos de explicação dos vários partidos, como o PSD, CDS, PCP e BE sobre a rede SIRESP, detido maioritariamente pela operadora de telecomunicações Altice.
"Neste momento, a grande preocupação é garantir uma rede de comunicações de emergência capaz de responder às situações de catástrofe que possam surgir, é essa a grande preocupação", salientou.
O secretario de Estado elencou as soluções implementadas pelo Governo para reforçar o funcionamento da rede SIRESP, como garantir redundâncias de comunicação, garantir redundâncias elétricas e a aquisição de mais quatro unidades móveis capazes de dar cobertura nas zonas mais brancas da própria rede.
"Com isso, estão garantidas as condições para que, em condições normais, a rede funcionar. Ninguém pode garantir que uma rede tecnológica nunca falhe, mas o que sentimos é que, com esta assunção de posição capaz de gerir a empresa diariamente, com dois executivos no conselho de administração, naturalmente que garantimos uma posição determinante na gestão da empresa", referiu.
Na quarta-feira, a Altice Portugal anunciou que exerceu o direito de preferência na compra das participações da Esegur e Datacomp no SIRESP, passando, assim, a deter 52,1% do capital social da SIRESP SA, reforçando a sua posição acionista na empresa.
Por seu turno, o Estado português anunciou que vai assumir a posição de acionista da Galilei, passando a deter 33% do capital social do SIRESP.