O parlamento japonês aprovou uma nova lei para limitar a emissão de microplásticos, pequenas partículas que representam uma grande ameaça para as aves e peixes marinhos e que podem colocar em risco a saúde humana.
A nova legislação, em consonância com outras medidas aprovadas pela União Europeia, exige que os fabricantes de produtos de higiene e cosméticos parem de usar peças de plásticos com um tamanho inferior a cinco milímetros nos seus artigos.
Devido à sua natureza sintética, estas partículas podem facilmente transportar uma variedade de aditivos químicos e contaminantes para os oceanos, representando um enorme perigo para as espécies marinhas.
Cerca de 40% dos peixes capturados na ilha de Honshu, a principal ilha do arquipélago japonês, contêm microplásticos no seu sistema digestivo, de acordo com um estudo publicado em 2017 por investigadores da Universidade de Kyoto.
A nova regulamentação aprovada pelo parlamento é uma revisão de uma lei anterior que já promoveu a remoção de detritos marinhos, e é a primeira no país voltada para microplásticos, segundo o ministério do Meio Ambiente.
Na recente cimeira no Canadá, os líderes do G7 prometeram reduzir a quantidade de plástico que chega aos oceanos, um acordo que o Japão e os Estados Unidos se recusaram a assinar.
Estima-se que existam 150 milhões de toneladas de resíduos plásticos nos oceanos e, a manter-se o ritmo atual, em 2050 haverá mais plásticos do que peixes no mar, segundo alertam várias organizações