Estados Unidos. Tiroteios em escolas continuam a aumentar
26-11-2019 - 19:52
 • Renascença

Em média, uma arma é disparada quase duas vezes por semana em contexto escolar. Os incidentes incluem suicídios, homicídios e até mesmo acidentes não intencionais.

Nos últimos 20 anos, pelo menos 233 mil crianças norte-americanas foram expostas a episódios de violência armada durante o horário escolar, segundo uma investigação realizada pelo "Washington Post".

Apesar das escolas continuarem a ser consideradas dos lugares mais seguros para crianças, nos Estados Unidos, os tiroteios em zonas escolares têm aumentado.

Em 2018, mais de uma vez por mês ocorreram, em escolas e universidades americanas, tiroteios de onde resultaram mortes.

A maior parte foram iniciados por antigos ou atuais estudantes das instituições de ensino, sendo que 78% dos atiradores obtiveram as armas na sua própria casa ou em casa de familiares e amigos.

O mais recente episódio ocorreu no último fim de semana, quando dois jovens foram mortos a tiro no estacionamento de uma escola primária, na Califórnia. Ainda não foram apuradas as motivações dos atiradores.

Contudo, a Everytown for Gun Violence, a maior organização contra a violência armada nos EUA, alerta que não é só em contexto escolar que as crianças estão expostas a este tipo de violência.

Cerca de 1.300 crianças americanas morrem todos os anos vítimas de disparos, sendo que as probabilidades destes episódios ocorrerem em casa ou na rua continuam a ser mais elevadas do que na escola.

Tal como acontece com outros tipos de violência no país, os estudantes de cor, e negros em particular, são desproporcionalmente afetados, representando 24% das vítimas em tiroteios ocorridos em escolas, apesar de representarem apenas 15% da população escolar até ao ensino secundário.

Nos Estados Unidos, todos os dias morrem baleadas 100 pessoas, 25 vezes mais do que em qualquer outro país desenvolvido.