Já estão certos dois dos três nomes que o PS vai indicar para o Conselho de Estado. Mantém-se Carlos César, presidente do partido e antigo líder do governo regional dos Açores, e regressa a este órgão de consulta Manuel Alegre, ex-deputado e histórico dirigente socialista.
Fica a faltar a indicação de um terceiro nome pelo PS que, sabe a Renascença, ainda está por definir, sendo certo que Eduardo Ferro Rodrigues, atual presidente da Assembleia da República e que vinha circulando como possível para o lugar, não será a escolha da cúpula socialista.
Com a nova legislatura, os partidos vão ter de indicar e eleger cinco nomes para o órgão de consulta do Presidente da República. Com a maioria absoluta e com o fim da geringonça, o PS deixa assim de fora das escolhas os antigos parceiros de esquerda e saem o ex-líder bloquista Francisco Louçã e o histórico dirigente comunista Domingos Abrantes.
Cabe ao PSD indicar os dois outros nomes eleitos pelo Parlamento para o Conselho de Estado e na direção de Rui Rio é visto como "natural" que se siga a tradição indicando o número um do partido, Francisco Pinto Balsemão, considerado como "intocável" e o nome do próprio líder social-democrata.
À Renascença, dirigentes do PSD e próximos do líder não veem razão para que Rui Rio não se indique a si próprio para o Conselho de Estado, mesmo perante a situação de indefinição em que o partido se encontra após as eleições legislativas.
Essa é vista como uma solução a prazo, em que se "mantém tudo tal como está e depois muda o líder e muda-se a pessoa", ou seja, Rio é eleito agora para aquele órgão de consulta do Presidente da república e quando surgir uma nova liderança no PSD "se quiser larga o lugar", renunciando ao cargo.