Os chefes de equipa de Medicina Interna e assistentes hospitalares em funções no Hospital de Cascais apresentaram esta segunda-feira a demissão em bloco, avança a CNN Portugal e confirmou a Renascença junto de fonte da FNAM.
Em carta enviada ao conselho de administração, os profissionais do hospital queixam-se de uma "progressiva degradação das condições de segurança dos doentes admitidos no Serviço de Urgência Geral" e justificam a decisão com a "qualidade da atividade assistencial prestada e a segurança dos doentes".
A missiva refere ainda que o "rácio médico-doente" no Serviço de Observação é superior ao limites previstos nos regulamentos e que o número de doentes internados "extravasa significativamente a capacidade máxima prevista".
Os profissionais dizem estar a assumir "de forma insustentável" cada vez mais tarefas e funções, com um elevado "desgaste físico, intelectual e psicológico".
O Hospital de Cascais é gerido através do modelo de Parceria Público-Privada desde 2010, com a gestão clínica do estabelecimento hospitalar a caber ao grupo espanhol Ribera Salud desde o ano passado.
[notícia atualizada às 20h39]