Coliseu do Porto e Irmandade dos Clérigos criam projeto “Elo”
09-10-2023 - 15:03
 • Henrique Cunha

Novo projeto social e inclusivo une cultura e educação devendo abranger cerca de 2 mil pessoas. A iniciativa sei ser desenvolvida pelo Serviço Educativo do Coliseu em parceria com os Clérigos e pretende chegar a crianças, jovens, idosos e também comunidade prisional.

O Coliseu do Porto e a Irmandade dos Clérigos anunciaram esta segunda-feira a criação de um projeto batizado "Elo", um "projeto que pretende simbolizar a ligação entre diferentes disciplinas artísticas", como música, teatro, dança e storytelling.

De acordo com os promotores, o projeto, que liga “duas das maiores instituições do Porto e do país”, pretende chegar a “pessoas de diferentes idades e contextos sociais".

Com arranque marcado para este mês, numa primeira fase “abre o Coliseu e a Torre dos Clérigos a 20 visitas orientadas, para as quais serão convidados 240 adultos e seniores que integram várias associais sociais da cidade, desde lares e centros de dia a Universidades Seniores”.

Ao longo das visitas, os educadores do Coliseu vão ouvir e recolher 20 histórias e memórias vividas nestes dois espaços da cidade. E o “primeiro doador simbólico de histórias” do «Elo» é o músico e compositor Pedro Abrunhosa.

“É a partir destes «doadores de histórias» que se vai desenvolver todo o trabalho artístico, que será dividido em três eixos primordiais que são o “encontro, partilha e inclusão”, como explicou Filipa Godinho, diretora do Serviço Educativo.

Miguel Guedes, Presidente do Coliseu do Porto diz que “a proposta de trabalho agora apresentada foi trabalhada durante meses pelo Serviço Educativo do Coliseu que será viabilizado pelos Clérigos, num espírito de visão que não assiste a muitos”.

“Em todo este processo esta capacidade dos Clérigos através do Padre Manuel Fernando de perceber como estas duas tores – a torre do Coliseu e a enorme torre dos Clérigos – podiam estar juntas neste laço, neste «Elo» afetivo a fazer cidade é algo que é transformador”, sublinhou. O responsável afirma que “aquilo que nós enquanto instituições culturais, enquanto instituições sociais mais temos que prezar é a capacidade de fazemos coisas em rede”.

“O facto de fazermos coisas uns com os outros, o facto de não estarmos pequeninos e fechados ainda para mais com uma sala tão grande e uma torre tão gigante é precisamente o que temos de continuar a promover no futuro”, acrescentou.

Por sua vez, o padre Manuel Fernando, Juiz Presidente da Irmandade dos Clérigos lembrou que a função da instituição a que preside é desde sempre “o trabalho em prol dos mais desfavorecidos”, e disse acreditar que “os Clérigos e o Coliseu com entidades completamente distintas, e com estilos e objetivos completamente distintos conseguem criar uma parceria tendo o mesmo objetivo”.

Para o sacerdote é importante “encurtar distâncias entre as duas torres” e ainda por cima conseguir “despertar sorrisos nas crianças, nos jovens, nos idosos, e nos reclusos”.