O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, reafirma que faltam "milhares de médicos" em Portugal, que tem uma média "claramente inferior" aos países desenvolvidos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.
"Faltam milhares de médicos", era importante que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) resolvesse os problemas que tem, especialmente na "falta de capital humano", disse o responsável aos jornalistas, no final de uma homenagem ao médico, professor e investigador Sobrinho Simões, em Lisboa.
Miguel Guimarães referiu-se também ao teor de uma entrevista do presidente do Conselho Nacional de Saúde, Jorge Simões, à Antena 1, divulgada na sexta-feira, na qual, disse, desvalorizou os médicos e "deu uma imagem errada aos portugueses".
Jorge Simões falou em 40 mil médicos no SNS, mas nas contas do bastonário os médicos são sim 27 mil, dos quais 10 mil são internos, pelo que especialistas são 17.600.
Jorge Simões disse na entrevista que há muitas tarefas hoje desempenhadas por médicos que podiam ser feitas por enfermeiros e que Portugal pode não ter necessidade de muitos mais médicos, mas sim de muitos mais enfermeiros.
No entender do bastonário, Jorge Simões "anda equivocado".