O ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes está proibido de contactar com os outros arguidos do caso do furto em Tancos e com o seu ex-chefe de gabinete e com o antigo chefe de Estado Maior do Exército.
Fonte ligada ao processo disse esta sexta-feira à Lusa que Azeredo Lopes, ontem constituído arguido no processo sobre o furto de armas nos paióis de Tancos, ficou proibido pelo juiz de contactar com os restantes arguidos do processo e também com o seu antigo chefe de gabinete, general Martins Pereira, com o ex-chefe de Estado Maior do Exército (CEME) general Rovisco Duarte e ainda com o ex-chefe de gabinete do CEME.
O ex-responsável pela defesa, que se demitiu do cargo a 12 de outubro de 2018, está indiciado por denegação de justiça e prevaricação, segundo a mesma fonte.
O furto de material de guerra foi divulgado pelo Exército em 29 de junho de 2017 e a 18 de outubro do mesmo ano a Polícia Judiciária Militar (PJM) revelou o aparecimento do material furtado, na região da Chamusca, a 20 quilómetros de Tancos, em colaboração com elementos do núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé.
Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.
O processo de recuperação do material militar levou a uma investigação judicial em que foram detidos o agora ex-diretor da PJM Luís Vieira e o ex-porta-voz da PJM Vasco Brazão.
O processo-crime sobre Tancos tem na base suspeitas de associação criminosa, tráfico de armas e terrorismo no furto do armamento, tendo a PJ detido, a 25 de setembro de 2018, nove pessoas, das quais oito militares do exército e da GNR.