O Bastonário da Ordem dos Médicos vai tentar perceber o que se passa no Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central - que inclui unidades como o São José, Santa Marta e o Curry Cabral – após o alerta dos diretores clínicos falar de uma “grave situação que compromete a segurança clínica”.
À Renascença, Miguel Guimarães diz ser preciso resolver os problemas: “Vou tentar perceber o significado deste manifesto em termos globais porque o Centro Hospitalar de Lisboa Central é de facto um grande centro hospitalar. Tem uma história extraordinária em termos daquilo que é saúde no país, em termos daquilo que é fundação dos próprios jovens médicos. Para já, vou convocar o diretor clínico do centro hospitalar para falar com ele”.
Os diretores clínicos do Centro hospitalar Lisboa Central apontam para a grave situação que se vive nos principais hospitais da cidade. Dizem que a falta de pessoal e de material de consumo, de equipamento e de investimento na inovação, já estão a pôr em causa a segurança clínica dos doentes.
A denúncia é feita num manifesto enviado ao Presidente da República e ao Governo.
Um dos signatários deste texto é Gonçalo Cordeiro Ferreira. O diretor do Serviço da Mulher, Criança e Adolescente do Hospital D. Estefânia acredita que os destinatários podem resolver os problemas ali denunciados.
“É um manifesto e uma carta que é dirigida a pessoas que podem direta ou indiretamente através do seu magistério de influência reverter situações graves que se passam no centro hospitalar de Lisboa central”, afirma.
Contactada pela Renascença, a Administradora do Centro hospitalar e Universitário Lisboa Central recusou fazer comentários. Ana Escoval remete uma reação para mais tarde.