A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) avisa a população para os possíveis efeitos da “tempestade forte” a partir deste domingo.
“A previsão meteorológica para as próximas horas aponta para o agravamento do estado do tempo devido à passagem de uma tempestade forte sobre o território de Portugal continental”, refere a ANPC, em comunicado.
O período mais crítico deverá ter lugar entre as 18h00 deste domingo e as 6h00 da manhã de segunda-feira, adianta a Protecção Civil na sequência de uma reunião com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
A tempestade “Ana” poderá originar “vento forte, com rajadas muito fortes, com especial incidência nas terras altas dos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Viseu, Guarda, Aveiro e Coimbra, podendo verificar-se fenómenos extremos de vento a nível local.
É também esperada chuva “forte e persistente, com episódios de aguaceiros pontualmente fortes, nas regiões do Minho, Douro Litoral e Centro, podendo verificar-se a queda de granizo durante a noite e madrugada. Esta situação pode gradualmente estender-se às restantes regiões do país”, adverte a ANPC.
O temporal também vai agravar as condições do estado do mar, “essencialmente a Norte do Cabo Raso”, a partir da tarde deste domingo, “mantendo-se a situação em toda a costa durante o dia de amanhã”.
Há ainda a possibilidade de queda de neve acima dos 800-1000m, com maior incidência nos distritos de Braga, Vila Real e Guarda.
A EDP Distribuição declarou este domingo o estado de alerta para as regiões a norte do Rio Tejo, devido à tempestade Ana, podendo a empresa adoptar idêntica medida ao longo do dia para todo o território de Portugal continental.
Dez conselhos à população
A ANPC refere que o impacto da tempestade pode ser minimizado “com a adopção de comportamentos adequados” e deixa uma dezena de recomendações à população.
• Fixar as estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas
• Observar especial cuidado na circulação e permanência junto a áreas arborizadas, devido à possibilidade de queda de ramos e árvores em virtude de vento mais forte
• Evitar a circulação e permanência nas terras altas, onde as rajadas de vento esperadas são fortes ou muito fortes
• Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e a retirada de inertes e outros objectos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas
• Abster-se de atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas e/ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas
• Adoptar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível acumulação de neve e formação de lençóis de água nas vias
• Proceder à colocação das correntes de neve nas viaturas sempre que se circular nas áreas atingidas pela queda de neve
• Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando-se circular e permanecer nesses locais
• Abster-se de praticar actividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando-se ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima
• Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Protecção Civil e das Forças de Segurança.