O 1.º Fórum internacional das línguas chinesa e portuguesa, que decorre em outubro na Universidade de Macau (UM), vai ser "o ponto focal da interação" entre os dois idiomas "no mundo", disse o vice-reitor da instituição.
O fórum vai reunir membros de duas alianças bibliotecárias académicas, que integram universidades chinesas e dos países de língua portuguesa (PLP), num total de 40 instituições, e que foram criadas por ocasião do 40.º aniversário da Universidade de Macau, em 2021, para serviços de empréstimo interbibliotecas e de transmissão de documentos.
"Temos aqui um portal na nossa biblioteca, uma plataforma digital, onde essas universidades têm colocado material em língua portuguesa para aprender português e as universidades chinesas têm colocado material em língua chinesa", explicou à Lusa Rui Martins.
"E isso é importante", continuou o responsável, "porque apesar de haver muitas universidades da China que estão a oferecer português, um dos grandes problemas é a não existência de materiais didáticos em número suficiente".
Além disso, também em "Portugal, Brasil, Moçambique e outros países" de língua portuguesa "podem ter acesso a material em língua chinesa".
O fórum, que se realiza entre 17 e 20 de outubro, vai ser "o ponto focal da interação das línguas portugueses e chinesas no mundo", considerou o académico, referindo que esta é uma organização do departamento de língua portuguesa e do Instituto Confúcio, com o apoio da biblioteca da Universidade de Macau.
Entre os temas em debate vão estar o ensino de português e chinês como línguas estrangeiras e estudos nas áreas de Linguística, Literatura, Cultura e Tradução.
Além das duas alianças bibliotecárias, 19 universidades de Macau, do interior da China e dos PLP assinaram também, em setembro do ano passado, uma aliança para a área da investigação oceânica.
Nos planos deste organismo, está a criação para breve de um laboratório de diversificação oceânica "entre a Universidade de Macau, a Universidade de Lisboa e um instituto em Qingdao", cidade no leste chinês, referiu Rui Martins.