O conflito de Nagorno-Karabakh originou dezenas de milhares de refugiados, afirmou esta sexta-feira o presidente russo, Vladimir Putin, ao cabo de uma semana de mediação para um cessar-fogo entre a Arménia e o Azerbaijão, que pôs termo ao conflito.
Segundo Vladimir Putin “surgiram sérios problemas humanitários" na região e, de acordo com várias fontes, "o número de refugiados ultrapassa dezenas de milhares de pessoas” na zona do conflito, que se prolongou por 44 dias.
Nas suas declarações transmitidas em direto pela televisão russa, Putin assinalou que, durante as seis semanas de conflito, morreram mais de 4.000 pessoas em combate, “incluindo civis”, e “mais de 8.000 ficaram feridas”.
O líder do Kremlin anunciou o estabelecimento de um Centro Humanitário para o enclave que se encarregará, em particular, de organizar o regresso dos refugiados e auxiliar a Arménia e o Azerbaijão na sua interação com as organizações internacionais.
Para analisar a situação na região, está prevista para a próxima terça-feira a deslocação a Moscovo do presidente do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICR), Peter Mauer.
Na terça-feira, Erevan e Baku assinaram um acordo de paz após intervenção da Rússia, que pôs termo a seis semanas de guerra e prevê a entrega ao Azerbaijão de vários territórios ocupados pela Arménia no conflito entre 1992 e 1994.
Em simultâneo, a Arménia conservará o controlo do enclave de Nagorno-Karabakh, onde, antes do conflito iniciado em 27 de setembro, viviam 150.000 pessoas.
No entanto, Erevan perde o controlo da segunda cidade Shushi (Shushá para os arménios), que foi conquistada nos últimos dias deste conflito pelas forças azeris.
O cumprimento do acordo e a segurança da região será garantida por um contingente de paz russo que começou a ser deslocado para Nagorno-Karabakh após a assinatura do acordo de paz.
“Em três dias foram efetuados 73 voos [em direção ao Nagorno-Karabakh] para transportar 1.103 militares e 1.168 veículos”, referiu no decurso da reunião com Putin o ministro da Defesa russa, Serguei Shoigu.
No total, o acordo prevê o envio para a zona de 1.960 soldados russos.
De acordo com Shoigu, a operação de envio de tropas e material deverá ficar concluída no sábado.
O acordo consagra importantes vitórias militares azeris naquela região montanhosa do Cáucaso do Sul, hoje habitada quase exclusivamente por arménios (cristãos ortodoxos), que declarou independência do Azerbaijão muçulmano após uma guerra no início da década de 1990 – na sequência da dissolução da União Soviética, que integrava estas duas repúblicas – com um balanço de 30.000 mortos e centenas de milhares de refugiados.
Na sequência dessa guerra, foi assinado um cessar-fogo em 1994 e aceite a mediação do Grupo de Minsk (Rússia, França e EUA), constituído no seio da OSCE, mas as escaramuças armadas continuaram frequentes.
Desde o fim de setembro passado que se registavam novos combates entre os separatistas arménios apoiados por Erevan e o exército do Azerbaijão.
Este anúncio motivou manifestações de alegria no Azerbaijão e de cólera na Arménia, onde os manifestantes invadiram durante a noite a sede do Governo e do Parlamento.
Este acordo aconteceu depois de as forças do Azerbaijão terem tomado o controlo da cidade estratégica de Shushi, com valor militar significativo por se situar numa região montanhosa, a cerca de 10 quilómetros da capital da região, Stepanakert, e na estrada principal que liga Nagorno-Karabakh à Arménia.
A região de Nagorno-Karabakh situa-se dentro dos limites do território do Azerbaijão, mas está sob controlo de forças locais etnicamente arménias, apoiadas pela Arménia desde 1994.
O cumprimento do acordo e a segurança da região será garantida por um contingente de paz russo que começou a ser deslocado para Nagorno-Karabakh após a assinatura do acordo de paz.
“Em três dias foram efetuados 73 voos [em direção ao Nagorno-Karabakh] para transportar 1.103 militares e 1.168 veículos”, referiu no decurso da reunião com Putin o ministro da Defesa russa, Serguei Shoigu.
No total, o acordo prevê o envio para a zona de 1.960 soldados russos.
De acordo com Shoigu, a operação de envio de tropas e material deverá ficar concluída no sábado.
O acordo consagra importantes vitórias militares azeris naquela região montanhosa do Cáucaso do Sul, hoje habitada quase exclusivamente por arménios (cristãos ortodoxos), que declarou independência do Azerbaijão muçulmano após uma guerra no início da década de 1990 – na sequência da dissolução da União Soviética, que integrava estas duas repúblicas – com um balanço de 30.000 mortos e centenas de milhares de refugiados.
Na sequência dessa guerra, foi assinado um cessar-fogo em 1994 e aceite a mediação do Grupo de Minsk (Rússia, França e EUA), constituído no seio da OSCE, mas as escaramuças armadas continuaram frequentes.
Desde o fim de setembro passado que se registavam novos combates entre os separatistas arménios apoiados por Erevan e o exército do Azerbaijão.
Este anúncio motivou manifestações de alegria no Azerbaijão e de cólera na Arménia, onde os manifestantes invadiram durante a noite a sede do Governo e do Parlamento.
Este acordo aconteceu depois de as forças do Azerbaijão terem tomado o controlo da cidade estratégica de Shushi, com valor militar significativo por se situar numa região montanhosa, a cerca de 10 quilómetros da capital da região, Stepanakert, e na estrada principal que liga Nagorno-Karabakh à Arménia.
A região de Nagorno-Karabakh situa-se dentro dos limites do território do Azerbaijão, mas está sob controlo de forças locais etnicamente arménias, apoiadas pela Arménia desde 1994.