O Papa exprimiu este domingo proximidade a todas as mulheres, especialmente aquelas cuja dignidade não é respeitada. No final da recitação do Angelus, a propósito do Dia Mundial da Mulher, que se assinalou a 8 de março, Francisco reconheceu que “há ainda muito trabalho a fazer para que seja reconhecida concretamente a igual dignidade das mulheres”.
Francisco acrescentou que cabe às instituições sociais e políticas “o dever fundamental de defender e promover a dignidade de todo o ser humano, oferecendo às mulheres as condições necessárias de vida para poderem acolher o dom da vida e assegurar aos filhos uma existência digna”.
Dirigindo-se aos fiéis reunidos na Praça de São, o Santo Padre também manifestou preocupação e dor pela grave crise que atingiu o Haiti. “Os violentos episódios dos últimos dias tornam-me próximo da Igreja e do povo haitiano que, há anos, sofre tanto”. Francisco pediu orações “para que cesse todo o tipo de violência e todos ofereçam o seu contributo de modo a fazer crescer a paz e a reconciliação no país, com o apoio renovado da comunidade internacional”.
Sobre os conflitos em curso na Ucrânia, na Terra Santa e na República Democrática do Congo, o Papa pediu “que cessem de imediato as hostilidades que provocam enormes sofrimentos à população civil”. E não esqueceu os muçulmanos a quem manifestou a sua proximidade neste dia em que se inicia o Ramadão.
Nas reflexões antes do Angelus e a propósito do Evangelho de hoje, Francisco sublinhou que o conhecimento e a compreensão que temos dos outros não deve servir para os julgar ou condenar, mas para os ajudar. E lançou algumas perguntas, em jeito de reflexão: “quando vejo limitações nos outros, como reajo? Penso em como ajudá-los ou condeno e falo mal, julgo e faço intrigas? E quando fico a saber os factos do mundo, acrescento negatividade com meus comentários ou rezo, interesso-me e tento fazer algo?”