Pelo menos 3.500 pessoas saíram esta segunda-feira da cidade síria de Alepo, dentro do acordo entre forças governamentais e oposição para a retirada de civis e combatentes rebeldes, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Segundo a organização não-governamental, 65 autocarros levaram civis e combatentes dos bairros do leste de Alepo, os últimos da cidade nas mãos dos rebeldes.
Outras 500 pessoas foram retiradas das povoações de maioria xiita Foua e Kefraya, que ficam numa província vizinha de Alepo e estão sitiadas por rebeldes, disse ainda a ONG.
As pessoas retiradas do leste da cidade e destas povoações foram levadas para zonas sob controlo das autoridades governamentais sírias, também em Alepo.
A operação de evacuação esteve suspensa durante várias horas devido a rebentamentos e incêndios em áreas controladas pelos rebeldes que se opõem ao regime de Bashar Al-Assad.
Milhares de civis estavam sitiados na parte oriental da cidade, depois da suspensão, na sexta-feira, de uma operação de resgate que permitiu a saída de cerca de 10 mil pessoas.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas aceitou um projecto de resolução que permite a monitorização da ONU na evacuação de Alepo na Síria. A votação terá lugar esta segunda-feira. No entanto, a Rússia já veio dizer estar disposta a usar o direito de veto para bloquear uma proposta francesa que defende o envio de observadores para monitorizar a retirada de civis da cidade.
Ninguém conhece o número de baixas em Alepo, desde que há dois meses as forças governamentais, apoiadas pela Rússia, lançaram a última grande ofensiva contra os rebeldes, que tinham tomado o controlo de 70% da cidade em 2013.