Os 36 drones comprados pelo Exército há dois anos para ajudar a detetar fogos nunca foram usados. De acordo com o “Jornal de Notícias”, essa utilização foi uma das justificações para o investimento de quase seis milhões de euros.
Desde agosto de 2018 que os aparelhos continuam guardados, sem que as autoridades competentes – GNR, Proteção Civil, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas ou o Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente - os tenham pedido.
Os drones estão a ser “utilizados em operações militares, no apoio de missões de vigilância e reconhecimento, além do normal processo de formação e treino”, revelou o Exército.
Segundo o jornal, nem a estratégia anual de combate a fogos deste ano os prevê.
O Governo tenciona agora investir mais quatro milhões e meio de euros na compra de 12 drones, que vão ficar nas mãos da Força Aérea.
A Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) da GNR tem 11 drones (mais fracos), dos quais três estão avariados, segundo apurou o JN.
Os incêndios consumiram 41.017 hectares em 2019, tendo sido registadas 10.362 ocorrências, segundo provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).