O Presidente da Rússia acusou o Ocidente e a Ucrânia de serem os responsáveis pelo início da guerra que se prolonga há quase um ano.
"Foram eles que começaram a guerra", disse Vladimir Putin, no seu discurso do estado da Nação, esta terça-feira, e que a Rússia, em resposta "utilizaram a força para fazer parar a guerra".
O chefe de Estado russo garante que o seu país tentou dialogar "de forma civil", mas alegou que Estados Unidos e NATO preparavam-se para "colocar as suas bases militares e laboratórios biológicos nas nossas fronteiras. Tentaram preparar um ataque".
"Ficou claro que eles não iriam parar as suas intenções agressivas. Aumentava a tensão e as informações mostravam que em 2022, no final, estava preparada uma ação sangrenta na Ucrânia", alegou.
Vladimir Putin voltou a referir que o Donbass queria a ajuda da Rússia para "se libertar" da Ucrânia, usando as justificações que utilizou há um ano a dias de iniciar a invasão do território ucraniano.
O Presidente da Rússia acusa os Estados Unidos de "mentirem descaradamente" e de "jogar com a vida das pessoas".
"Quando o Donbass estava a arder, a Rúsia queria sinceramente a paz", afirmou.
Já à Europa, Putin ameaçou "avançar para garantir a segurança da Rússia" se forem utilizadas armas de longo alcance.
"Eles querem a derrota estratégica da Rússia. Ou seja, querem acabar connosco de uma vez por todas. Eles querem passar de um conflito local para global. Claro que nós estamos prontos e vamos reagir como é devido. Trata-se da existência do nosso país", defendeu.